terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Voltemos a Angola de 1961 - Quicabo

Ainda antes do Natal e aí por fins de Novembro chegaram a Quicabo as esposas de quatro oficiais da Companhia e deu-se início a algum alívio da pressão permanente que se verificava sobre o pessoal.
Nesse sentido alguns militares foram mesmo autorizados a ir passar cinco dias a Luanda e alguns houve que, por vários motivos, foram premiados com uma viagem de avião à Metrópole: casos do Durval e do Horta, para citar apenas os mais próximos, aquele porque sendo natural de Sines, facilmente se deslocaria até junto de minha Mãe a dar notícias minhas e o segundo porque, sendo natural de Mértola, passaria por Beja onde se encarregaria de entregar uma pequena lembrança a meu saudoso irmão Manuel que ali trabalhava nos CTT.
A mim coube-me gozar cinco dias em Luanda a partir do dia 28 de Novembro, juntamente com o Alferes Freitas que, sendo residente naquela cidade, ali tinha a sua família a quem fui apresentado. Recordo a Delfina, uma senhorinha de dezoito aninhos bem feitos que já fazia muita companhia e a irmã mais nova, Emília Rosa, uma linda adolescente com a irreverência própria da idade: passámos duas tardes agradáveis na praia da Ilha de Luanda.
Recordo também o Cinema Mira Mar: uma construção adequada aos trópicos, tipo esplanada ao ar livre, em anfiteatro virado para o mar, mesmo sobre a baía de Luanda, tendo o ecrã como fundo, o próprio mar.
Fiz-me alojar no Hotel Europa, onde a diária era já significativa: 80$00, (oitenta escudos angolanos ou “angolares”, como diz a minha pequena, mas esclarecedora agenda).
Seguem-se algumas fotos relativas e esses preciosos cinco dias em Luanda.

Numa esplanada de Café, em Luanda


Outro aspecto da mesma esplanada de Café

A minha agenda refere que a 18 de Dezembro deu-se a invasão de Goa pelas tropas da Índia, e depois veio o Natal passado nos abrigos de Quicabo, com celebrações individuais e em que a minha agenda refere que “nem sequer recebi correio!”. Foi talvez o Natal mais sombrio de todas as nossas vidas.
Entretanto, com a Companhia a guarnecer Quicabo, Balacende e Ponte do Lifune o tempo foi passando e houve lugar a algumas fotos que revelam várias facetas: umas de alguma ociosidade aparente como as de Quicabo e Balacende e outras mesmo da frequência de algum “resort” tropical, como agora se diz, e a foto do Arménio Guerreiro em pleno Rio Lifune bem mostra. Mas a realidade era bem diferente!

Branquinho,Noca, Bragança, Pintor e o saudoso Henrique em 1º plano.

Serra, Noca e Guedes
Veja-se em fundo e junto ao chão as telhas de zinco que cobriam os abrigos

O Cabo Bolrão com o seu mascote "Lifune" no meio da torrente do Rio Balacende
VALHOR no ripanço do "resort" do Lifune

Arménio Guerreiro, qual Tarzan, no meio do Rio Lifune
Repare-se na diferença de cor do braço e do antebraço: a prática do "resort" não era muita.
"SPA" de Quicabo em 1961. Vitor Hugo S. Sá no seu melhor!
Furriel Sanbento, (açoreano) e outros elementos da CC 115 exibem um trofeu, grande giboia morta a tiro. Além do Sanbento reeconheço o Vitor Sá, pelo penteado, o Durval, depois o São Martinho pela cabeleira e finalmente o Horta.
Corrijam-me, se estiver errado, por favor!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Uma jornada ao Sudoeste Alentejano

A chuva e a intempérie não constituiram obstáculo aos amigos que quiseram deslocar-se ao Monte do Cerro, no Cavaleiro, (Cabo de Sardão), freguesia de São Teotónio, para homenagear o familiar de uns, vizinho e companheiro de outros, camarada de armas de outros e Grande Amigo de todos, - o aniversariante ARMÉNIO JOÃO GUERREIRO.


Momento da chegada do Artur da Diabrura, animador da festa com viola e Cante

O Senhor e veterano Xico de Totenique marcou presença, apesar das suas nove décadas

O Casal Valadas Horta deslocou-se do Montijo para abraçar o amigo Arménio

Hoje os 3 Magníficos camaradas de armas na CC 115: MVHorta, Noca e Arménio

O aniversariante Arménio Guerreiro fala com o seu compadre, outro grande animador da festa, este com Cante e poesia, (quadras populares).
Valadas Horta fala com o antigo camarada no Caçadores 5
A Anfitriã e a esposa do Amigo Armindo
Armindo no meio das mulheres.
Valadas Horta fala com as filhas dos anfitriões
Aspecto da casa/museu do Monte do Cerro
Outro aspecto com a mesa de apoio e zona de copa
Outro aspecto informal da zona de copa

Quando se juntam 3 alentejanos e uma viola campaniça, há Cante com certeza

Valadas Horta mostra o 1º Volume do trabalho que está a realizar sobre a CC 115

Finalmente o Bolo de Aniversário dedicado ao anfitrião Arménio João Guerreiro, com motivos de pesca, sua grande paixão.