sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ainda as Transmissões

O Camarada Valadas Horta publicou no seu blog um trabalho sobre Transmissões que merece ser conhecido: http://valhor.blogspot.com/

Seguem-se algumas fotos de utilização de aparelhos emissores/receptores em cenas reais da campanha de Angola.

Utilização do ANGR-C9 com alimentador manual de energia.

Outro aspecto de patrulha apeada em que o material é transportado pelo próprio operador.

Subindo o Quibaba. A Boa disposição parece não abandonar o radiotelegrafista, apesar do peso do material transportado.


Nestas últimas o 1º Cabo Radiotelegrafista Valadas Horta, (hoje Sub Intendente da PSP), opera os equipamentos que lhe estavam adstritos. Na última identifica-se bem a localização: acampamento no terreiro de seca do café da Beira Baixa, vendo-se ao fundo a encosta do monte Quibaba.

Não faço comentários a estas fotos. O Valadas Horta comentará, se assim o entender.

sábado, 8 de novembro de 2008

Um "coment" que merece destaque

MVHorta disse...
UPA em 2 frentes

Segundo os OCS, durante os meses de Out/Nov61, houve confrontos entre a UPA e o MPLA:
-"Em Outubro uma coluna de guerrilheiros comunistas do MPLA que entrara em Angola foi dizimada pelos irmãos da UPA.....";
-"Em 23 de Novembro, combatentes da UPA assassinam os elementos dum destacamento do MPLA no norte de Angola, comandados por Tomás Ferreira, havendo 21 mortos".
-Em Novembro - Chegada do 1º. Destacamento de Fuzileiros Especiais nº.1 (DFE) a Angola.
Sábado, 08 Novembro, 2008


Nota: -Trouxe este comentário para o corpo do blog pelo seu valor histórico/documental e pelo contributo que poderá dar para a história de Angola

CC 115 - Duas Fotos

Publico hoje estas duas fotografias que me parecem especialmente interessantes!

Aqui está o "Tenente"ACP lendo instruções do Comando ao pessoal, em fila para a distribuição do rancho. Todos os momentos eram aproveitados porque o tempo escasseava.

Esta foi tirada na "Beira Baixa" e é muito curiosa: veja-se ao fundo, à direita um soldado com uma enxada de bicos utilizada na organização do terreno; o atrelado de 3/4 de Ton era o armazém de géneros que ali encontravam boa acomodação contra as fortes chuvas e intempérie; à esquerda pode ver-se uma tenda de campanha com a cobertura reforçada por panos de tenda; ao centro o Noca e o Barreto parecem felizes com as suas mascotes: um saguim aos ombros do Noca ameaça uma coruja, muito admirada com tudo isto, exibida pelo Barreto.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Fazenda Beira Baixa - Lazer e diversos

Alguns momentos houve, na Beira Baixa, que permitiram algum convívio ou pausas de descontracção que deram lugar às mais diversas actividades, de que se seguem alguns exemplos:


O Padre Carlos celebra missa por detrás de uns escombros que já revelam algum arrumo.

À noite os oficiais da CC 115 reuniam-se numa cerimónia nunca dispensada: "O Cachimbo da Paz"! Não era tabaco, porque esse não havia. Só mais tarde, lá para o Natal apareceriam os "20-20-20", os "provisórios", os "definitivos", etc, que as senhoras do MNF se encarregavam de enviar. Então o que era o "Cachimbo da Paz"?
Pois nem mais nem menos do que "chá de capim" com whyski. Este sim já lá havia chegado, trazido pelo Santana de Águas Belas ou Bela Vista. Este Santana era um fazendeiro que vira a sua fazenda ocupada e destruída pelos terroristas da UPA e, como explorador que era, arranjou maneira de explorar, agora os militares, através de uma "cantina" que montou em Quicabo, autorizada pelo Comando, que assim se via desresponsabilizado por essa logística.
A cerimónia era solene e ninguém a dispensava após o jantar. Convém esclarecer que não era um capim qualquer, mas sim a planta de "chá de príncipe" que é igual ao capim em formato anão.
Da esquerda para a direita: Barreto, Simões, Falcão, ACP e Noca.
Esta cerimónia decorria, como se vê, ao abrigo de uma tenda cónica, onde o espaço era muito reduzido, mas havia o calor humano da camaradagem e mútua confiança entre todos.

Aqui está a famosa planta do "chá de príncipe" a embelezar a foto do Barbeiro (1497) e do Noca.

Momento de descontracção dos oficiais durante uma refeição em conjunto, em amena cavaqueira e ouvindo música do rádio do Noca, em primeiro plano.
Ouvia-se ali bem o Rádio Club de Moçambique que encerrava à meia noite, (uma hora da manhã em Moçambique), com o toque de silêncio, que muito sensibilizava os ouvintes no meio da floresta imensa dos Dembos.
Aprecie-se o ambiente em que decorriam as refeições tomadas em conjunto, sob este coberto de folhas de zinco, apoiado em bidons, para abrigo da chuva torrencial que adrede caía naquela região.

Outro momento de descontracção. este de leitura do correio.

Aqui um aspecto de uma posição da defesa periférica do acampamento da Beira Baixa. Alem dos pontos altos de vigilância, havia os abrigos escavados onde o pessoal de serviço se protegia.

CC 115 na Beira baixa

Depois de me ter referido às Operações "BB" e "Vassoura", seguem-se algumas fotos relacionadas com a região da Fazenda Beira Baixa:

Aspecto de destruição na Fazenda

Pormenor de patrulha apeada pela região

Progredindo através do capim alto

Na picada entre a Serração e Canacassala

Patrulha motorizada, as blindagens das viaturas revelam o nosso desenrascanso.