Em Janeiro de 1961 decorriam os actos finais do curso de Oficiais Milicianos, em Mafra, que consistiam de exercícios diurnos e nocturnos, uns com fogos reais outros simulados, mas sempre com grande desgaste físico para os instruendos, em marchas prolongadas pela Tapada ou mesmo por fora dos muros na área entre Mafra e Ericeira.
A alimentação era escassa e de má qualidade.
Foi no regresso de um desses duros exercícios iniciado depois do almoço e que se prolongou pela noite dentro, que as coisas se complicaram. O rancho apresentado para consumo dos Cadetes era intragável e a bomba rebentou: NINGUÉM COME!
O Oficial de Dia ao COM concordou com os Cadetes, reconhecendo que aquilo era uma valente porcaria de comida.
Mandou sair os cadetes do refeitório e formar a Companhia, (a 8 ou 10 Pelotões), no Lacouture , fazendo comparecer o responsável pela messe.
Representando o COM e apoiando os Cadetes, o digno Oficial de Dia exigiu que o rancho fosse imediatamente substituído por comida capaz.
O gerente da messe, um tal Capitão Correia, não teve outro remédio senão acatar aquela exigência e mandar servir nova refeição: bifes (talvez de cavalo, não interessa), com ovo e batatas fritas. Um luxo para a época!
Falta dizer o nome do Oficial de Dia ao COM: ANTÓNIO RAMALHO EANES.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário