4 de Fevereiro de 1961. Na Metrópole, nos quartéis –Centros de Instrução, continuava a formação dos recrutas e ao mesmo tempo os comandantes convocavam os seus oficiais do QP, “contando as espingardas” e conspirando, cada um a seu geito: preparava-se a tentativa de golpe do General Botelho Moniz e era preciso apanhar o comboio. Salazar surdo aos apelos descolonizadores, descura a preparação da guerra, já inevitável.
Em Luanda ocorria a primeira grande acção de rebeldia armada, concretizando o que todos sabiam, mas não queriam acreditar: a insurreição armada dos povos do norte de Angola está em marcha.
“O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), grupo nacionalista que vinha a cimentar as suas bases nos centros urbanos, lança na madrugada de 3 para 4 de Fevereiro, um ataque simultâneo a duas cadeias e um quartel de polícia na capital angolana, com o objectivo de libertar militantes seus encarcerados. O ataque falha, há mortos e feridos dos dois lados e seguem-se dias de sangrentas represálias nos bairros negros de Luanda. Mas a imagem de estabilidade em Angola deixa definitivamente de existir aos olhos da opinião pública internacional” (Os Anos da Guerra).
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
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