sexta-feira, 29 de agosto de 2008

FILATELIA - Um pouco de história

Por amável apoio do Companheiro Valadas Horta, detentor de valioso espólio filatélico sobre as antigas colónias portuguesas, é possível apresentar aqui um pouco da história de Angola, onde a CC 115 esteve presente de 1961 a 1963.





Angola - O Selo de Correio
Terá sido em Mai1840 que o inglês Sir Rowland Hill inventou o selo de correio.
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Em Portugal, a reforma postal deu-se em 1852 e o uso dos selos postais adesivos, vieram a ser emitidos em 1853 com a efígie de D. Maria II.
Os correios eram de início uma instituição ao serviço exclusivo do soberano. Quando foram postos à disposição de todo o público, o Estado conservou o privilégio da prioridade e da gratuidade do transporte do correio.
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O selo é um mensageiro que não tem fronteiras, descreve em todos os idiomas as maravilhas da natureza e a longa história das civilizações.
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A antiga Colónia Portuguesa de Angola, emitiu o seu primeiro selo, do tipo Coroa, de 5 réis, em 1870.
Desde esta data e até 1974, muitas emissões de selos de correio foram entretanto emitidas (De referir que os selos eram litografados na Casa da Moeda em Lisboa).
No período compreendido entre 1961 e 1963, Angola emitiu as seguintes séries de selos:
Tipos Femininos;
Desporto. Motivos diversos;
Erradicação do Paludismo;
Cinquentenário da Cidade de Nova Lisboa;
Escudos de Armas de Cidades e Vilas de Angola;
15º. Aniv. do Serviço Internacional para o Combate ao Gafanhoto Vermelho;
Viagem Presidencial;
Escudos de Armas de Cidades e Vilas de Angola (2ª. Série) e
X Aniversário da T. A. P.
Considerando que o selo de Correio, não tem fronteiras e que a par da sua função postal, é divulgador privilegiado da história, do património e da cultura dos povos, que assinala efemérides e não só, considerei interessante colocar no blog alguns selos (temáticas) de Angola, utilizados pelos ex-combatentes no período em que o BC 114 permaneceu em Angola.
Também coloquei mais três séries emitidas nos anos de 1955, 1966 e 1967.
Publicada por MVHorta em 8:15



Emissão de 1955 - MAPA DE ANGOLA




Emissão de 1961 - Tipos Femininos Indígenas

Emissão de 1962 - Erradicação do Paludismo


Emissão de 1963 - Escudos de Armas de Cidades e Vilas de Angola




Uniformes Militares Portugueses - Exército
Os Uniformes do Exército remontam ao Século XVII, havendo notícia de que as fardas do “Terço do Regimento da Junta do Comércio de Lisboa”, já constituíam um tipo específico de Uniforme embora não regulamentado. No entanto, apenas em 1761, D. José I, por Decreto de de 27 de Abril, aprova os distintivos a usar pelo Exército e em 1764, por Alvará de 24 de Março, aprova, por proposta do Conde de Schaumbourg Lippe, os Uniformes para o seu Regimento nº. 1. Tal Alvará não constituía um Plano de Uniforme mas actuava como tal dando a necessária uniformidade e legalidade ao fardamento a utilizar pelo Exército Português (Pagela nº. 280 de 23-01-1984 – Correios e Telecomunicações de Portugal).Nota: As emissões de selos alusivas aos “Motivos Militares – Uniformes”, são de uma beleza extraordinária (tenho as séries completas das ex-colónias).
Publicada por MVHorta em 6:47


Emissão de 1966 - Uniformes Militares Portugueses - Exército -Angola

Emissão de 1967 - Ordens Honoríficas Portuguesas

Mapa de Angola até 1974

Mapa de Angola após a independência

2 comentários:

MVHorta disse...

A boa arte deve saudar o passado e dissociar o presente momento histórico de Angola dessa perspectiva de algumas centenas de anos equivaleria a renunciar à sua compreensão.

NOCA disse...

A História de Angola está a fazer-se e terá sempre dois grandes capítulos fundamentais: Antes e depois da Independência.
No I Capítulo - Antes da Independência, não será possível esquecer os cinco séculos de convívio, nem sempre pacífico, dos portugueses com os povos de Angola desde o Zaire ao Cunene e, para leste, até aos grandes planaltos do Uíge, Huambo, Bié, Alto Zambeze e Terras do Fim do Mundo.
Ali se caldearam etnias, às dezenas, diversas entre si, tendo todas como elemento aglutinador, o português.
Os portugueses criaram uma entidade nova, um País Novo, que hoje é uma potência incontornável na região sub-saariana, com fronteiras definidas e reconhecidas pelos outros povos vizinhos.
Esta realidade nova é uma criação dos portugueses e de mais ninguém, a não ser o próprio povo angolano, com suas lutas e crises de crescimento.