domingo, 1 de junho de 2008

47º Aniversário da CC 115

Enquanto decorre a evocação da viagem Lisboa - Luanda no N/M Niassa, outro episódio chama a nossa atenção no presente: a comemoração do 47º aniversário do embarque para essa viagem, que então fizemos e agora comemoramos.

Se "dez anos é muito tempo", como diz o Paulo de Carvalho, quarenta e sete anos é muito mais!

Mas nem por isso as memórias e recordações daqueles dois anos de vida anormal das nossas vidas, se apagam na nossa memória. Bem pelo contrário parece que elas são, cada vez mais vivas e fortes e mais nos chamam para reviver a amizade profunda que nos une.

A concentração teve lugar no Parque da cidade de Loures, onde decorreram os primeiros abraços, após reconhecimentos de muitos que já não se reconheciam. Mas todos se abraçaram num grande amplexo, envolvendo muitas famílias que vieram dar mais brilho e juventude ao nosso encontro.

Apesar de as actividades previstas para ocupação de tempos intermédios, não terem sido muito conseguidas, tal não causou qualquer embaraço porque não houve tempo disponível nem intermédio entre as várias acções previstas: o tempo todo, não foi muito para reviver as emoções do reencontro.

Quero agora referir algumas presenças e intervenções mais notórias de elementos mais activos.

Desde logo tenho de mencionar o Vítor Sá, o responsável directo e causador disto tudo. Depois o Subintendente Valadas Horta, homem das transmissões durante toda a sua vida e agora totalmente empenhado nas novas tecnologias da comunicação: PCs e Internet: ele desdobra-se, ele faz, é um espectáculo! Depois o Furriel Coelho, o Poeta da CC 115, que nos deliciou com um poema de sua autoria declamado com exaltante fervor, parecendo que nos estava a incitar de novo para aquela união e espírito de corpo que tão necessários e vincados foram durante os dois anos da guerra. O espírito da 115, como diz o Fernando Cardoso, e que foi criado de baixo para cima, como bem refere o Furriel Coelho.

Depois tenho de referir com admiração todos os que vieram de longe: do norte, do sul, do este e do oeste, isto é de todo o Portugal, incluindo as ilhas, muito bem representadas pela família SANBENTO, que não regateia sacrifícios para estar conosco. Alguns se associaram por mensagens, entre os quais o "Tenente" Cipriano Pinto e o "Alferes" Freitas, cuja ausência foi muito notada pelos elementos do 1º Pelotão, nomeadamente.

Não houve discursos fervorosos, muitas vezes demasiado lamechas e nem sempre oportunos. Apenas se citaram, com o respeito que nos merecem, os falecidos, de que houve conhecimento no último ano, entre os quais se destaca o Comandante, Capitão Alípio Emílio Tomé Falcão.

As emoções, que as houve com abundância, guardaram-se para os pequenos grupos que se constituiram em amena cavaqueira de recordações.

Finalmente, em geito de despedida, foi lançado o projecto para o próximo encontro que poderá ter lugar na zona norte-centro do país: ali pelo triângulo formado por Coimbra, Viseu e Serra da Estrela.

Reconfortados com a amizade mútua que se reforçou ainda mais, seguimos aos nossos destinos levando conosco os sons poéticos do Furriel Coelho!

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1 comentário:

MVHorta disse...

Sem tirar nem pôr!
Fomos ao Almoço porque fazemos questão de estar juntos de vez em quando.
Sentimo-nos bem, durante aquele pequeno período de tempo. Recordamos percursos antigos e renovamos amizades que se cimentaram há muitos anos!