De 10 a 17 de Maio, enquadrada a CC 115 na EPI, Mafra, decorreram os actos preparatórios para a guerra: antes de mais, toda a Companhia foi submetida a uma inspecção por uma Junta Médica e Militar para averiguar das condições sanitárias e físicas de cada um para servir no Ultramar,(fomos todos apurados!!!), sendo ministradas as vacinas exigídas e distribuídos os comprimidos para purificação de água e outros fins adequados; simultaneamente decorria instrução teórica sobre os poucos conhecimentos adquiridos no C.I.O.E., àcerca da guerra subversiva e guerrilha.
Na ginástica e na ordem unida fazia-se o entrozamento dos vários elementos constituintes dos pelotões, para conseguir a tal unidade, amizade e companheirismo, (espírito de corpo), tão necessários para enfrentar os tempos difíceis que se adivinhavam.
Durante estes dias foram distribuidos fardamentos de càqui amarelo que se julgavam adaptados ao ambiente onde iríamos actuar. Depois se veria o anacronismo desta opção de fardamento, uma vez que íamos actuar em floresta verdejante e não no deserto.
Os oficiais da companhia tinham direito a usar uma farda branca para as cerimónias oficiais: eram os usos coloniais no seu melhor!
Lembro-me que no dia 12 me desloquei a Lisboa com os outros oficiais para mandar fazer a farda branca nas Oficinas Gerais de Fardamento. Aproveitei para, num armeiro que havia na Praça da Figueira, "Silva", comprar, por 1.200$00, uma pistola FN de calibre 7.65, para defesa pessoal, que me acompanhou durante toda a comissão e ainda hoje guardo com muito cuidado.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário